Como a bota de pata de potro é feita ? E como essa maravilha fica no pé da gauchada

 A bota de pata de potro, meu gurizote é a verdadeira alma gaúcha, mas você sabe como esse equipamento importante na vida da piazada é feita? Te contar a história, A bota de pata de potro é feita com a maestria dos gaúchos, a verdadeira alma guerreira, que são verdadeiros artistas na arte de vestir os pés. 

Primeiro, pega um coro baguá, com aquela qualidade que só se encontra nas melhores fazendas do nosso pampas, como um couro de gado criado solto, com cheiro de campo e vento no rosto. O couro é cortado com precisão, como um laço bem dado, e depois vem a parte de enfeitar, onde o gaúcho pixinxa nos pespontos e nas costuras, fazendo cada detalhe brilhar como um cavalo de raça na pista. Na parte de dentro, um forro macio pra deixar o pé tão confortável que você se sente dançando uma vaneira com a moça bonita, depois, é só dar um trato no acabamento, polindo bem certinho. 

E para terminar a bixa veia, é uma bota que não só serve pra montar, mas também pra ser o orgulho do rancho, pronta pra qualquer rodeio  , uma relíquia que atravessa gerações e faz o coração do peão véio bater mais forte. Feita do couro mais resistente que se possa imaginar, é como um abraço do cavalo que a pariu a baitaca véia. Quando o gaúcho calça essa bota, se sente pronto pra enfrentar a lida, seja domando um brabo, cuidando da tropa ou simplesmente enchendo o peito de orgulho ao olhar o vasto campo sob a luz do sol. 

Cada par de botas carrega histórias de campeiros destemidos e valente , noites de churrasco e prosa boa ao redor do fogaréu, onde as estrelas dançam com a gauchada no céu e a brasa estala, lembrando a gente da vida simples e rica que levamos na querência.



Fonte : Portal das Missões

E não é que a bota de pata de potro agora também tá desfilando nas ruas da cidade? Meu baita com aquele jeitão charmoso e ousado, pegou esse costume do campo e fez dela parte da sua vida boa e amarga. Agora, a gurizada tá se vestindo de gauchada, com a bota a tiracolo, mostrando que o coração é de campo, mas a alma é livre. A mistura de rusticidade e elegância fez essa bota atravessar as fronteiras do campo, se tornando um símbolo de identidade. 

E assim, com cada passo que o gaúcho dá, a bota leva consigo o espírito indomável do Rio Grande, provando que onde quer que se ande, as raízes nunca se esquecem , com seu coração valente e brabo , para lutar com sua enferrujada veia nos pampas do nosso Brasil.


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